quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Super-Ficialidade: professores estão isentos

Quem diz acreditar em beleza interior, no mínimo, tem olhos no pinto. A piada é velha, mas é verdade. Durante devaneios existências nas férias, estive calculando a beleza. Ela é calculável e tão esquizofrênica quanto as fórmulas de John Nash - Você pensou: quem é esse? E eu respondo: Informe-se!

Beleza não é somente rosto simétrico, peitoral chamativo e cabelos lisos e charmosos. Beleza é tudo aquilo que impacta na primeira impressão. É o físico, o cheiro e são as roupas. Inteligência é para segundo plano. é bem mais fácil transar com uma pessoa linda que mal consegue gemer "yes" (yesi yesi yesi) do que transar com um feio recitando Fernando Pessoa.

A seguir está descrito numerações que todos, sem exceções, possuem flutuando inerente em seu desempenho diário.

0 - é aquele tipo de pessoa que você não consegue ignorar a existência de tão feia. Incomoda. É motivo de chacota, piadas. Normalmente tem uma cabeça irregular, um nariz enorme e tem o rosto cheio de espinhas. Na verdade este tipo de pessoa é tudo junto e misturado. Foi uma foda-mal-dada de pessoas, no máximo, número 3.

1- É o 0 com menos defeitos. Dá pra conversar ocasionalmente, somente quando você quer alguma coisa.

2- Está melhorando, mas ainda sofre de feiúra aguda. Pode chegar ao número três com uma chapinha no cabelo (se for crespo), vestir roupas da moda ou escovar os dentes frequentemente - do número 3 para baixo, além das pessoas serem feias, costumam ser sujas e mal-cheirosas.

3- Tem um corpo insignificante e um rosto médio, ou o contrário. Precisa de roupas boas para ganhar destaque de 4 (OPAAA!).

4- Eu comeria, mas não conto pra ninguém. Ta quase na média. Depois de uns drinks você encara e até rola um segundo encontro.

5- É a média de tudo. Pessoas assim tem o potencial de virar um 8. Normalmente mesclam entre beleza e feiúra, é comum em estrelas holywoodianas que são 8/9/ com maquiagem, mas sem, você se assusta.

6- É o meu número no dia-a-dia. Pessoas que tem uma beleza leve. Destaca-se em alguns ambientes, porém é só frustração em outros.

7-Melhor. É a beleza de atores medianos, que nunca serão bons porque são 7. Pessoas ricas que são 5/4/3 normalmente são 7. Vestem-se bem, fazem cirurgias plásticas e usam quilos e quilos de cosméticos.

8-Modelos. É bonito de se ver, mas ninguém comeria com vontade.

9-No Brasil, são loiros. Passam na rua e não olham para ninguém. Encontrados nos Jardins, Itaim e Alphaville.

10-Divindades, intocáveis e raros. Simpatia e inteligência são é encontrados nessas pessoas. São vazias e vivem da imagem.

Por mais humanos que somos, é tudo questão de matemática. Pessoas do número 6 (eu), por exemplo, ignoram pessoas do mesmo patamar. Todos querem um número acima, sempre, não há como escapar. Contudo, o que todos conseguem são números abaixo.

Abrimos mão de nossa classificação, com bebida e etc, e ficamos com pessoas de números abaixo. Se elas não forem realistas, acabam se apaixonando. O mesmo acontece quando alguém de um número superior dá bola, você se apaixona.

Tanta enrolação pra concluir que paixão não é Química ou Física, e sim uma fórmula primária da matemática.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Afrodisíaco automotivo

A cada dia mais fico puto com os carros que atrapalham minha vida no trânsito caótico de São Paulo. No Ipiranga Palio, na paulista uma mistura de Corcel e Porsche. Andam em filas lentas para seus respectivos destinos. Com ar condicionado, música e conforto. A liberdade de ir e vir ao extremo. Bater e morrer também, mas isso acontece com onanistas hipertensos também.

Vou comprar o meu. To cansado de motéis baratos de esperar o dar 4h da matina pra poder sair da balada. Saí o metrô, peões indo trabalhar achando que você é o maior vagabundo-drogado e dependendo da roupa até mesmo viado (as vezes com razão).

Vou poder chegar tarde em casa, terei que pagar estacionamento. Poderei ir ao Drive-in, mas terei que pagar IPVA. Gasolina, álcool ou gás; deixarei de encher uma Kombi de amigos e poderei encher uns dois ônibus. Todos propensos a cair do alto da Serra, é lógico.

Posso ir à praia num bate-e-volta? Lógico! Não preciso mais entrar no Mcdonald’s da Avenida Brasil as 2h30 todo cagado após a balada, apenas abaixarei o vidro com insul-film e falarei com uma máquina que atenderá meus pedidos. Odeio ter contatos com humanos quando saio da balada.

Penso em situações bizarras também, como poder matar alguém na calda da noite e colocar no porta-malas e desovar em algum beco de SP (tipo máfia), ou jogar ácido sulfúrico nas travestis da Avenida Indianópolis. Tudo pela diversão, é claro; quem não gosta de rostos derretendo?

Porém, contudo e, para não bastar, no entanto! Com álcool eu fico bem mais divertido do que uma corrida de Stock Car com um judeu circuncidado dirigindo.

Sou inconstante, não fui aprovado pelo DETRAN, tive preguiça de comprar a carta. Fui reprovado na baliza. Por que as rodas não giram 75 graus? POOOR QUE DEUS? Por que eu tive medo do caminhão que estava ao lado? Ah! Pra dirigir você tem que tem que ter quatro “cojones”, no mínimo.

Como todo menino eu brincava de carrinho. Mas odeio, não comprarei mais nenhum carro. Quem quiser ficar comigo continuará indo em motel barato, sair sem rumo da balada e sentar no câmbio, que após algumas mexidas já não fica tão ereto. Ponha mais álcool, por favor.

Textualmente me livrando de valores que não são valor algum.

*Extremamente feliz, mas com uma pitada de rancor extremamente dolorida.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sem cobertura, por favor


Estou cansado da vaidade. Não passo gel, penteio ou ao menos ajeito meus cabelos. Inclusive, raspei os cabelos num momento Britney Spears. Agora não tem corte reco, militar, old school ou retro. Está apenas uma bola gigante com falhas e entradas denunciando o início da minha calvície.

Estou cansado da vaidade. Comprarei roupas de lojas de departamento e verei se minha personalidade resiste à ausência da logomarca da Cavalera, M. Officer ou Calvin Klein. E prometo não chorar quando a máquina de lavar roupas esticar alguma camiseta.

A vaidade cansa, e eu estou cansado. Não vou malhar, vou comer gordura trans e fumarei. Comerei trash food sem o receio que as espinhas explodam no meu rosto deixando uma poça de oleosidade brilhante e chamativa.

É necessária, mas estou cansando da vaidade. Deixarei os pêlos crescerem junto à barba e tudo que deixa à lá natural. A sobrancelha vai fechar e, de uma forma natural, ficarei parecido com um primata.

Sei que não sou alto, bonito ou sensual. Apenas compro e, em seguida, visto-me desta maneira.